quarta-feira, 29 de julho de 2015

Artigo do Sr. Menezes escrito no Natal de 2005



O REENCONTRO COM JESUS II

            Olá!... Hei!... Menezes! Sim, quem é?... Sou eu! Jesus!... Olá, que bom vê-lo novamente. Lembras que dia é hoje?... Ah sim. Hoje é dia 25 de dezembro, o dia no qual o senhor nasceu!
            Foi nesse curto diálogo – em pensamento – que me reencontrei com Jesus e que me fez lembrar do primeiro encontro, quando Jesus tocou em meu ombro e me alertou e salvou dos perigos dos quais eu estava ameaçado, ao andar por uma estrada que na verdade era um caminho perigoso no qual eu estava preste a me acidentar fatalmente. Lembram-se daquela narração que fiz antes? Quando Jesus me salvou do precipício e me encaminhou a um oásis seguro e cheio de fortificantes ensinamentos? Pois é! Hoje no aniversário de nascimento de meu irmão, amigo e protetor Jesus Cristo, me lembrei da maravilhosa ajuda que ele me deu, ao me levar – por intermédio de meu filho Daniel, para o “oásis no deserto”. Que é: - o mosteiro Monte Carmelo – onde aprendi a andar com segurança por caminhos perto de abismos perigosos sem neles cair por causa das bebidas alcoólicas.
            E como Jesus me disse no primeiro encontro: “encontrarás um oásis verde e tranqüilo, mas rodeado por deserto cheio de perigos que terás que enfrentar, quando dele saíres”. Realmente foi isso que encontrei, quando saí do oásis em minha nova caminhada pelo deserto. Tenho passado sobre pontes que parecem segura, mas na verdade são de madeira, com algumas tábuas podres. São os falsos amigos que me oferecem bebidas dizendo: pode “pisar” (beber), só hoje não tem perigo. Passei por bruxos e bruxas que me prevêem que logo cairei no despenhadeiro –são as pessoas invejosas que não querem me ver sóbrio e feliz – passei por tempestades de areias quentes e sufocantes, são alguns aborrecimentos, calor frio ou resfriado, que outrora me induziram a beber, na falsa convicção que seria como remédio para estas situações. Atravessei rios de aparência limpos e refrescantes, mas na verdade eram lagoas poluídas e cheias de piranhas, jacarés e perigosas iscas jogadas por pescadores para me fisgar, como se eu fosse um peixe faminto e alheio ao perigo que estava correndo estas lagoas, cito: são as festas com bebidas alcoólicas, com certeza contem todos estes perigos que devemos ficar alerta contra eles.
            Meus irmãos e irmãs que venham a ler ou escutar esta mensagem, todos estes perigos eu já enfrentei e enfrentarei! Mas venci e vencerei com as graças de Deus Pai através de seu filho Jesus Cristo, que também quer lhes ajudar, para isso, basta que tenhamos fé, força de vontade e aceitar a ajuda que ele quer proporcionar a todos nós.
            Peçamos a nossa Santa Mãe, Nossa Senhora do Carmo, que interceda por nós ao nosso Senhor e irmão Jesus Cristo, para que mantenha com saúde, bondade e paciência, o nosso querido Frei Chico, Frei Teodoro e todos os seus auxiliares. Para que eles possam continuar esta maravilhosa e sagrada missão de resgatar do deserto para a casa do servo sofredor, o oásis, escola pra vida nova.
            Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo.



J. L. de Menezes


Brasília, 25 de dezembro de 05.



quarta-feira, 8 de julho de 2015

SOFRIMENTO E SABEDORIA



SOFRIMENTO E SABEDORIA
Daniel Higino Lopes de Menezes

         Gonzaguinha, compositor brasileiro, compôs uma das músicas mais expressivas da história da MPB. A música chama-se “o que é, o que é”. Apesar de versar sobre o tema da vida, ela traduz o sentido do sofrimento ou como podemos lidar com ele. O sofrimento se caracteriza pela dor, privação, falta de motivação, desestabilização do equilíbrio interno. O sofrimento não seleciona, escolhe a todos. As pessoas sofrem de um modo ou de outro. Cada pessoa experimenta ao longo da vida diversas formas de sofrimento. Ninguém as almeja, como a morte, mas todos passam por essa dor. Como canta o mestre Gonzaguinha: “E a vida? Ela é maravilha ou é sofrimento? ”
            O sofrimento pode levar a pessoa ao calabouço. A sensação interior coincide com tal cenário. O padecente se vê na área subterrânea do seu castelo interior totalmente aprisionado. O lugar é frio, escuro e empoeirado. Assim ele se sente. Morte? Separação? Doença? Privação? Saudade? Não importa o motivo, simplesmente sofre. Estará condenado a pena perpétua? Tal pessoa, poderá cair num estágio permanente de sofrimento, ficar depressiva, anular-se completamente. Há falta de motivação e alguns até se arriscam a sacrificar a própria vida para se libertar dessa dor.
            Apesar do cenário desesperador do calabouço do sofrimento, este pode tornar a pessoa livre. O que explica duas pessoas com a mesma limitação física ou doença terem reações tão distintas? Uma sempre para baixo, dependente, mal-humorada, reclama de tudo e de todos. A outra sempre disposta, dá conselhos, ri da própria “desgraça” e faz com que as pessoas desejem estar próximas dela. A segunda possui uma ampla capacidade de resiliência. Assume o sofrimento não como a coisa mais importante da vida, mas parte dela. Tira do sofrimento lições e leva isso para a vida. Transforma a dor em aprendizado; a fraqueza em fortaleza.  Atitudes de aceitação e busca de superação libertam a pessoa.
O Sofrimento constrói sabedoria. As diferentes situações que causam sofrimento podem tornar-se oportunidades. Ao ver desse modo, o mundo ressurge novamente. Enxergam-se situações antes nunca vistas. O sábio é aquele que sabe tirar lições das coisas boas e más. Se você tem algum problema, e ele tem solução, não se preocupe, ele tem solução. Se você tem algum problema, e ele não tem solução, não se preocupe, ele não tem solução. Assim escreve o provérbio chinês. E, ao recordar Gonzaguinha, podemos concluir: “somos nós que fazemos a vida como der, ou puder, ou quiser, sempre desejada, por mais que seja errada”.